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Crítica: Arrow, temporadas 1 e 2

by on outubro 6, 2014
 

Depois de duas temporadas, Arrow o seriado mais famoso do Canal da Warner, retorna para sua terceira temporada nessa semana (08/10), mas será que a série do Arqueiro Verde da DC merece mesmo sua atenção? Texto com Spoilers das duas primeiras temporadas!

Desde sua primeira aparição em 1973, criado por Mort Weisinger e George Papp, o Arqueiro Verde ficou conhecido nas HQs como o primeiro herói a adotar o arco e flecha como arma principal no combate ao crime, usando de vários tipos de fechas – que iam desde flechas explosivas a até as datadas flechas luva de boxe. Oliver Queen era um playboy inconsequente, até ter sua vida drasticamente mudada após naufragar e ficar preso em uma ilha deserta por anos. Durante esse tempo Oliver desenvolvendo uma impressionante habilidade com o arco e flecha e acaba encontrando um novo sentido em sua vida. Após retornar a sua cidade natal Star City, ele decide tornar-se um vigilante mascarado Arqueiro Verde e fazer o que é certo acima de tudo, mesmo quando isso signifique infringir a lei.

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É nítido que o Arqueiro foi inicialmente se inspirado no homem morcego, compartilhando várias semelhanças com ele – sendo ambos heróis sem superpoderes, contarem com ajudantes mirins (Speedy – Ricardito em português) e financiados por uma fortuna pessoal .  O diferencial ficava na abordagem e personalidade dos heróis. As histórias do Arqueiro Verde tinham um enfoque mais leve, e o seu comportamento variou desde um estilo hippie (em suas primeiras aparições) até formas de pensar embasadas no socialismo.

Assim como outras séries da Warner, Arrow toma como base as HQs, entretanto não se limitada a elas, alterando diversos aspectos. No caso fica evidente procuraram adotar uma postura realista, moderna e cinematográfica – buscando seguir o universo estabelecido por Christopher Nolan na trilogia Batman. A primeira temporada lembra absurdamente Batman Begins, tanto em conceitos básicos quanto situações quase idênticas. Um exemplo é a dinâmica do vigilante que se esconde atrás da figura de um playboy, enquanto trabalha em parceria com seu interesse romântico para levar justiça a criminosos poderosos. Já a segunda temporada, o tom é ajustado para algo mais super heroico, com Oliver Queen adotando uma postura de herói propriamente dita (parando de matar), além de muitos personagens novos, super poderes e até crossover. E cenas de ação de qualidade como o combate abaixo:

http://youtu.be/d7affxMb-IY

Arrow também acertou na escolha do elenco, principalmente Stephen Amell como Oliver Queen e seus dois colaboradores, David Ramsey como o amigo e agente John Diggle e Emily Bett Richards que interpreta a hacker Felicity Smoak. Esse núcleo tem uma ótima química e suas diferentes habilidades formam uma equipe equilibrada e interessante de acompanhar. Mesmo vilões clássicos e heróis com aparições temporárias tiveram boas participações, sendo devidamente adaptados a pegada da série.

 A trama segue a fórmula de episódios semi-relacionados, no qual há uma a história dos episódios que formam uma cronologia sequencial, ao mesmo tempo em que eventos maiores vão sendo construídos. De modo geral o plot e o desenrolar da história é interessante, conseguindo prender a atenção do expectador. No entanto, o grande destaque fica pelos flashbacks utilizando em paralelo com a história principal, cobrindo os anos que Oliver esteve na ilha. Todavia Arrow também peca em alguns pontos na trama, com falhas de roteiro, situações forçadas ou saídas fáceis, parecendo que os roteiristas não gastaram muito tempo em realizar ligações mais palpáveis. Como exemplo, Felicity acha em questão de segundos informações extremamente precisas sobre algo (usando o mágico Windows 8), ou Diggle é nocauteado por Oliver e na cena seguinte parece que nada aconteceu entre eles e por último a mãe de Oliver se candidatando a prefeita e quase vencendo depois de ser diretamente responsável pela morte de centenas de pessoas. Outra escolha questionável é tempo gasto para construir os dramas pessoais entre os membros da família Queen, alguns dignos de novela, com direito a traições, filhos bastardos, abortos e etc – vale lembrar que tal abordagem é algo quase “obrigatório” dentre as séries do canal da Warner.

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Apesar de alguns problemas, Arrow é uma série extremamente competente, cheio de momentos bacanas, rivalizando até com os melhores filmes de super-heróis. Além de ter conseguido afastar de vez o fantasma de Smallville. Sem contar que o sucesso do seriado foi decisivo para outros projetos como Flash saíssem do papel. Sendo o precursor dessa nova leva de seriados de heróis que estão chegando. No mais:

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