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O que faz Zelda ser Zelda? Entrevista com Eiji Aonuma

by on outubro 4, 2013
 

The Legendo of Zelda: The Wind Waker HD, o remake do melhor capítulo da saga, chega as lojas para Wii U. Aproveitando esse momento, o atual produtor da série, Eiji Aonuma, deu uma entrevista para a 4Gamer. Antes de começar ele lembrou que anda bem atarefado (tem que vender o peixe né?) produzindo dois games da série no momento – o que irá sair em breve para 3DS, The Legendo of Zelda: A Link Between Worlds (continuação direta de A Link To The Past do SNES), e um exclusivo para Wii U, ainda sem título. Nessa entrevista ele fala sobre os novos jogos e define o que faz um Zelda ser um Zelda.

A primeira pergunta foi sobre o jogo em desenvolvimento para o Wii U. Muitos fãs estão a ver navios sobre esse game desde o tech demo na E3 de 2012. Aonuma diz que o jogo está indo bem, eles estão incorporando no novo game as funções HD que eles usaram no remake de Wind Waker. Sendo que algumas funções de alta definição do novo jogo também foram testadas no Wind Waker HD. No remake eles tiveram limitações com o uso da tablet gamepad do Wii U, já no novo título eles vão usar e abusar dos recursos do controle exclusivo do Wii U.

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A seguir foi perguntado se haverá alguma conexão entre “Zelda Wii U” e Wind Waker HD. A resposta de Eiji Aonuma foi positiva, mas mais no sentido de gameplay. Por exemplo, o mapa será mostrado no gamepad do Wii U, tornando a navegação mais fácil. E outras partes que foram bem aceitas pelos fãs em Wind Waker, poderão dar as caras novamente segundo o produtor. Baseado nisso, eu acredito que missões em que você agia junto de um NPC vão aparecer mais uma vez nesse próximo capítulo, já que são as mais elogiadas pelos apreciadores de Wind Waker.

Outra pergunta foi sobre o rumor de que Aonuma estaria cansado de fazer os jogos de Zelda. Esse boato surgiu em uma entrevista antiga, para outra fonte, não a 4Gamer. Ao que tudo indica a resposta do japonês foi mal interpretada, já que Eiji Aonuma riu dessa afirmação. Ele disse que estava cansado não de criar novos games de Zelda, mas sim da fórmula usada para criar esses jogos até agora. Ele se questiona: “Por que tem que ser o tradicional? Essa é a dúvida que me aflinge.”

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O produtor prossegue, “Se nós não mudarmos, não será possível criar algo novo. Nós colocamos esse pensamento levemente em  The Legend of Zelda: A Link Between World e no próximo Zelda, o do Wii U, nós pretendemos aumentar as mudanças. E já que estamos nesse tópico, sobre o que  se trata The Legend of Zelda?´

O responsável sobre tudo relacionado a Zelda, Aonuma, explica que a pergunta “Sobre o que é Zelda?/O que deve ser Zelda?” é discutida de tempos em tempos com o gênio mor da Big N, Shigeru Miyamoto, o criador de Zelda, Mario, Donkey Kong, Pikimin e outros. Shigeru já sugeriu, por exemplo, que a Princesa Zelda não precisa ser o foco principal do jogo. Desse modo há uma maior abertura de uma experiência única para os jogadores. Fazer os jogadores experimentarem algo único pela primeira vez é o que Eiji Aonuma acredita ser a base da série Zelda.  Aonuma crê que se ser tradicional for copiar o trabalho anterior, isso detrata o fator único de sua nova obra. Então, ele quer cada vez mais concentrar no novo, para criar mais e mais partes únicas.

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Para fechar ele deixa muitíssimo claro que não está nem um pouco cansado, completando a frase com uma bela gargalhada. Ele diz que a cada mudança, mais empolgado ele fica, o produtor quer despertar o sentimento de estranheza nas pessoas. Aonuma ficará satisfeito quando alguém falar algo do tipo, “Ah? Isso é Zelda? Putz, é Zelda!”, esse é o objetivo dele e sua equipe. Mas a mudança, para Eiji, tem que ser algo brilhante, uma coisa que faça o jogador nem perceber se o Link ou se a Zelda aparecem no jogo. Ou algo que faça o jogador esquecer que a Zelda tem que ser uma princesa.  Com a empolgação que Eiji Aounuma apresenta, é certo que ele terá sucesso em criar “Zeldas” únicos e criativos.

Trailer do game A Link Between Two Worlds, exclusivo para o 3DS

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