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Rush – A maior rivalidade da F1 nos cinemas

by on setembro 26, 2013
 

Rush no Limite da Emoção (apenas Rush no título original), traz as telas uma das maiores rivalidade que já existiram na Fórmula 1, a do austríaco Niki Lauda e do britânico James Hunt.

O mundo da Fórmula 1 nos anos 70, tinha muitas das características que existem até hoje, como a força política de certas equipes, imensa quantidade de dinheiro envolvida e a fama que o esporte gera aos seus integrantes. Mas provavelmente o principal elemento é o grande risco de morte em cada uma das corridas, na época com carros bem menos seguros, havia uma média de dois acidentes fatais por ano.

O diretor Ron Howards e o roteirista Peter Morgan dividem a trama de modo equilibrado e intercalado em torno dos dois pilotos e das vidas deles, dentro e fora das pistas.

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No papel de James Hunt está o ator Chris Hemsworth (Thor, Os Vingadores), que conseguiu transmitir perfeitamente o estilo de vida playboy, popular e “superstar” do piloto. Ele prezava correr pela emoção e também por tudo que isso lhe proporcionava, como fama, festas, dinheiro e mulheres – fatores que também contribuíram negativamente para sua imagem junto as grandes equipes. Hunt era considerado um piloto arrojado, que conseguiria em momentos decisivos retirar todo o potencial de seu carro e buscar vitórias impossíveis para outros, um talento nado para guiar um F1.

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Niki Lauda foi interpretado por Daniel Brühl (O Quinto Poder, Bastardos Inglórios) que captou com grande competência a personalidade do piloto, que tinha uma seriedade e objetividade no trabalho fora do normal, chegando e ser obsessivo em certos momentos. Uma das melhores cenas do filme decorre desse seu comportamento compulsivo, demonstrado após o fatídico acidente no grande prêmio da Alemanha. Como piloto seguia a linha técnica, focado e totalmente dedicado a sua carreira, sendo um estrategista nato – tendo total conhecimento do seu carro e sabendo administrar as corridas do modo necessário a vencer.

Apesar de personalidades e estilos de vida opostos, Niki Lauda e James Hunt apresentavam pontos em comum nas suas histórias, como a desaprovação de suas famílias pelas suas carreiras, a obsessão por se sagrarem campeões e o ódio que sentiam um pelo outro, entretanto existia um reconhecimento e respeito mútuo.

O filme conseguiu inserir uma estética bastahte interessante para as corridas, os sons dos motores e os ângulos de câmera escolhidos transmitem a emoção e a realidade da Fórmula 1. A fotografia do filme trás tons escuros, um visual blur e opaco, algo até incomum para filmes desse tipo.

Um fator questionável são certos enfoques e posicionamentos que são adotados, ficando evidente que algumas posições e atitudes são extrapoladas, o próprio Niki Lauda que foi consultado durante as filmagens, relatou que o tom de seriedade foi demasiado. Talvez essa técnica tenha sido usada na intenção de gerar maior carga dramática e deixar tudo mais explícita para o grande público, mas não chega a incomodar tanto, pois e tem uma relevância limitada como um todo.

A dinâmica entre os dois personagens é o ponto alto do filme, a dualidade das personalidades gera situações e discussões que são o motor da trama, tornando ainda mais real à rivalidade. Rush atinge um alto nível, ainda mais comparado com outros filmes baseados em personagens do esporte, sendo um filme que vai agradar tanto os fãs de Fórmula 1 quanto a qualquer outro espectador.

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Pit Stop obrigatório para quem gostou do filme é assistir ao documentário Senna que retrata a história de um dos maiores pilotos de todos os tempos e também a sua grande rivalidade com Alain Prost.

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