Pra começo de conversa We Were Promised Jetpacks é a banda com o melhor nome de todos os tempos. Simplesmente significando “Nós fomos prometidos mochilas voadoras”, esse grupo de rock indie escocês formado por Adam Thompson (vocal e guitarra), Michael Palmer (guitarra), Sean Smith (baixo) e Stuart McGachan (teclado/guitarra/vocal de apoio) ainda vai dar o que falar. Eles estrearam em 2009 com o álbum These Four Walls e agora já estão no terceiro, o novíssimo Unravelling. O terceiro álbum além de, obviamente, novas canções, trouxe de novidade o já citado Stuart McGachan. Esse novo integrante ajudou a banda a criar seu álbum mais experimental até o momento.
Unravelling vai mais a fundo do que os trabalhos anteriores. É a primeira vez que a banda teve alguma folga entre um álbum e outro. Prova disso é que essa também é a primeira incursão do grupo em fazer várias versões para as músicas de um álbum, para só então chegar numa versão final das mesmas. We Were Promised Jetpacks também deixa de lado as influências do emo e mergulha de vez numa vibe mais punk. As guitarras estão altas como sempre e para completar um arranjo ideal o piano e o teclado trazem um senso de completude que faltava a banda. As letras são introspectivas, contemplativas, com uma pegada sombria, mas com uma mensagem positiva no final. O interessante é que as composições trazem uma narrativa de uma pessoa se desfazendo (unravelling), abordando temas como alcoolismo (“Peaks and Troughs”) e solidão (“I Keep It Composed”). Mas no fim das contas o saldo das mensagens é positivo, como já havia sido citado. A penúltima música, “Peace of Mind”, por exemplo, tem um quê de U2 e prepara o fechamento do álbum, que é praticamente um triunfo sob a melancolia.
Nem todos os experimentos do álbum são um sucesso. “Disconnecting” é uma música que traz Adam Thompson se expressando por meio de uma gritaria que soa mais com um falsete irritante. Porém esse é o preço que se paga em querer fazer algo diferente, e errar faz parte do pacote.
We Were Promised JetPacks estão mais maduros agora, com letras mais ricas e se arriscando mais. Esse pessoal ainda tem uma longa estrada pela frente, entretanto estão no caminho certo e só tem a crescer de agora a diante.
Nota: (4 / 5)
Para mais críticas sobre álbuns, clique AQUI.