Crítica – Freedom Planet – O novo “Sonic 2D” que os fãs tanto queriam (2015, Galaxy Trail, PC/Wii U)
Salve Avalice nesse jogo que é mais Sonic do que Sonic!
Gosta de Sonic? Tem tido problemas para se divertir com o ouriço mais rápido do planeta pois o último jogo do azulão que foi realmente bom e original era Sonic Colors? Vixe, o caso é mais grave? Tem saudade é de um bom Sonic de plataforma em 2D e Sonic 4 Episódio 1 e 2 foram tensos? Seus problemas acabaram! Freedom Planet está aqui para saciar sua sede de Sonic. Ou melhor, sua sede de Mega Drive. Freedom Planet combina a velocidade do Sonic the Hedgehog com os inimigos gigantescos, geometria maluca e tiros alucinados de Gunstar Heroes e Alien Soldier, dois clássicos da saudosa Treasure. Ah, adicione uma pitada dos voos em diagonais de Rocket Knight Adventures para uma explosão de nostalgia 16 bits. Se você cresceu nos anos 90 ou é fã da Sega dessa época você deve a você mesmo jogar Freedom Planet.
Esse é um game que nasceu como um projeto de fãs de Sonic para criar um fã game do porco espinho com elementos dos quadrinhos da Archie. Acabou que o troço foi evoluindo, tomando forma mais profissional, rolou um Kickstarter e virou um game original. Literalmente feito de fãs para fãs. O povo da Galaxy Trail está de parabéns, Freedom Planet tem uma jogabilidade fluida, pixel art linda, trilha espetacular e personagens carismáticos. Quanto eles estão me pagando para eu puxar tanto o saco? Até agora nada, o que me deixa falar que a história e as vozes não são lá essas coisas. No entanto nem isso é muito problema, pois há o modo de jogatina Adventure, com historinha, ou Classic, com apenas fases. Ou seja, quer algo mais Sonic do Mega Drive do que uma fase após a outra? O modo Classic é para você (e eu). Pois é, os caras pensaram em todo o tipo de público.
Freedom Planet possui três personagens jogáveis com jogabilidade diferentes. Lilac é um dragão fêmea roxo. A protagonista é rápida, possui um dash invencível na diagonal que pode ser usado de acordo com sua barra de especial e alguns golpes marciais, com direito a um shoryuken. Carol é uma felina ágil, que pode se agarrar nas paredes e se teleportar em certos pontos da fase. Com menos opções de deslocamento que Lilac em seu estado normal, a gata verde compensa isso convocando uma moto do nada quando acha um galão de gasolina. Com a moto Carol é super rápida, escala paredes, fica de cabeça pra baixo e sobe até escadas, dando o dedo do meio para a gravidade e a lógica. É algo glorioso. E por último temos Miila, uma cachorrinha que pode voar curtas distâncias, criar blocos e escudos. Ela é a que possui a jogabilidade mais distinta das três. Já falei que cada uma tem pelo menos uma fase exclusiva? E alguns chefes únicos também? Isso que é fator replay garantido. Ah, e ainda teremos mais dois personagens, Torque e Spade, via dlc de graça.
A dificuldade do jogo vai aumentando gradualmente e no fim ele irá chutar sua bunda sem piedade. Esse é um game com uma diversidade enorme de locais, caminhos alternativos, mini-games, fases de alta velocidade e outras no estilo labirinto. E ainda possui uma puta variedade de inimigos, chefes criativos e desafiadores. Freedom Planet é um game que quem ama jogos de plataforma não tem o direito de deixar de jogar. Pô, tem até mesmo uma fase shoot ‘em up perdida no meio do jogo. Uma carta de amor indie para os fãs da Sega das antigas. Faça um favor para você mesmo e compre, jogue e detone Freedom Planet. Tanto conteúdo em um game por menos de 10 dólares é algo que ocorre raramente e seria um crime não aproveitar.
Veja o trailer desse game mega hype!