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Crítica – Papers, Please

by on janeiro 24, 2014
 

Papers, Please não tem direito de ser tão divertido quanto é. Esse game para PC possui gráficos retro, uma música tema que vai colar na sua cabeça e a jogabilidade mais ou menos de um simulador de tédio. Calma, não pare de ler. O tédio é devido a função de seu personagem, o game te coloca no papel de inspetor de imigração num país totalitarista. É o “Burocracia pura: O jogo”. E mesmo assim funciona. Você sabe que tem que equilibrar seu chatolino trabalho, com subornos, papelada, impedir, ou auxiliar, terroristas, não cometer muitos erros e ainda sustentar sua pobre família. Você sabe que a velhinha que tu negou a entrada provavelmente nunca mais verá o filho dela. Você sabe que o jovem que deixou passar tem ambições nada gloriosas em sua cidade. Você vai apoiar os rebeldes? Você vai apoiar o partido? E a senhorita? Mesmo com o passaporte dela sendo obviamente falso, vai deixar passar? Bem, tu recebeu uma propina do marido dela agora a pouco. E aí? Provavelmente isso vai explodir na sua cara depois, entretanto você vai separar um casal?

papers-please

A tela onde se passa a maior parte da ação do game, pois é…

É um jogo de escolhas, simples na essência e complexo nas consequências. Papers, Please é um trabalho de arte, com uma jogabilidade descomplicada que vai ficando mais multifacetada quanto mais você joga, com toques sutis e mudanças de regras quantos mais dias (no tempo do jogo) você permanece em seu posto. Sem contar que possui inúmeras possibilidades e desfechos. Entretanto é muito mais do que isso, é um mergulho numa terrível distopia, montada brilhantemente, que pode até colocar sua vida em perspectiva e quem sabe acordar sua consciência politica, tudo isso com violência e humor. “GLORY TO ARSTOTZKA”.  Com certeza o melhor jogo sobre controle de imigração em um país comunista já feito. Não há cópias físicas dessa obra prima, baixe logo via Steam ou na plataforma de downloads de sua escolha.

Nota: 4/5

Trailer desse game inusitado e instigante 

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