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Crítica: Walking Dead – 5ª temporada (Episódios 9-16)

by on março 31, 2015
 

Após os eventos do Terminus e do Hospital em Atlanta, o grupo de Rick está mais uma vez retoma a estrada e mais uma vez sem um destino certo, já que Washington era uma farsa (crítica da primeira parte da temporada aqui). Apesar de numerosos, o grupo segue talvez em seu momento mais frágil desde o início do apocalipse zumbi. As esperanças de retomar uma vida normal estão cada vez mais distantes, todavia depois de diversas provações, a salvação se materializa através de um local chamado Alexandria. Segurança, alimentação e mordomias quase esquecidas voltam de forma quase inacreditável, um verdadeiro paraíso cercado pelo inferno. Texto com SPOILERS!

Rick e seu grupo passaram ao longo de muito tempo na estrada, deparando-se continuamente com situações extremas dos mais diversos tipos (fome, cansaço, ataques e principalmente profundas perdas pessoais). Devido a isso, todos eles foram sendo moldados em torno dessas necessidades, assim mesmo sem perceber seus comportamentos e até padrões morais adequaram-se aquela realidade.

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Rick fez mais um de seus memoráveis discursos no penúltimo episódio… já por outro lado tivemos o final de uma esquecível participação de Tyreese no seriado.

Assim o choque comportamental quando reinseridos em uma sociedade quase intocada pela ameaça zumbi, abre mais do que mera desconfiança e precaução a todos os membros do grupo. Apesar da diferença de respostas, todos se sentem deslocados naquele ambiente, sendo figuras estranhas aquela padrão quase esquecido por eles. Enquanto alguns tentam se readaptar, outros claramente não conseguem retomar aquilo que já foram um dia, tendo comportamentos excessivos e até assustadores.

Essa forte dualidade criou as situações mais interessantes e diferentes dessa quinta temporada. Enquanto é compreensível as pessoas de Alexandria terem preservado, de modo geral, o status quo de um sociedade normal, tendo desenvolvida apenas regras simples e básicas de convivência. Ao mesmo tempo Rick e seu grupo vivenciaram o verdadeiro terror, enfrentado figuras como o Governador e os canibais, fatos que os marcaram profundamente, então é normal eles achem a visão míope deles algo absurda, considerando uma fraqueza, destinada a falhar, caso eles não tomem o controle da situação.

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Sasha, Carol (a ex-dona de casa virou uma pessoa fria e calculista) e Rick, personificaram o choque de realidades de Alexandria.

Com isso, a série deixa de lado (na medida do possível) a ação constante com os zumbis e explora essa face psicológica dos personagens e seus desenvolvimentos, por isso vários capítulos possuem um ritmo mais lento. A chegada do grupo modificou a vida de Alexandria, mostrando uma realidade que eles não conseguiam enxergar, mas essa já foi literalmente exposta ao seus olhos no final dessa temporada. O caminho já foi traçado, novas figuras surgiram e uma trama até então paralela ganha força, Walking Dead está com uma promissora sexta temporada a sua frente. Lembrando que os o seriado derivado, Fear The Walking Dead também já está caminhando para sua estreia.

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