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Crítica – Chef (Jon Favreau, 2014)

by on julho 9, 2014
 

Não vá à esse filme com fome. Sério mesmo. “Chef” é a empreitada de Jon Favreau na cadeira de diretor num longa que não tem o orçamento, nem as explosões, de Homem de Ferro, Homem de Ferro 2 e o subestimado Cowboy & Aliens (sim, esses três filmes citados são os três últimos filmes que o diretor havia dirigido). O roteiro também é responsabilidade do cineasta, então esse projeto é realmente a “menina dos olhos” do diretor. Claro que Favreau agora possui bem mais reconhecimento no mercado do que ele tinha uma década atrás e com isso ele trouxe para esse seu projeto menos ambicioso nomes como Scarlett Johanson, Dustin Hoffman e o próprio Homem de Ferro, Robert Downey Jr. O filme conta a história de um resmungão chefe de cozinha em Los Angeles, Carl Casper (vivido pelo próprio Jon Favreau), que é demitido do restaurante chique em que trabalha por conta de “bater boca” (ou seria “xingar muito no Twitter?”)  com o crítico culinário Ramsey Michel (Oliver Platt). Tudo porque Ramsey escreveu que Carl havia perdido o jeitão na cozinha, que não havia mais paixão nos pratos do sujeito. Agora o cozinheiro tem que se reerguer, recuperar sua criatividade e de quebra se reaproximar de sua família no processo.

Para ir atrás de seu sonho de fazer o cardápio que bem der na telha, Carl arruma um food truck (um “caminhão de comida”, entenda como uma cozinha sob-rodas, é uma mania nos Estados Unidos esse tipo de serviço/estabelecimento) . Quando o filme chega nesse pedaço as coisas engrenam, o dramalhão vai embora, não que incomode muito o tal drama, e dá espaço para um road movie com diálogos divertidos e rápidos. A química entre Carl e seu filho, até então negligenciado, Percy (Emjay Anthony) e os bate-papos sem noção e animados com Martin (John Leguizamo), o mago do sanduíche cubano, trazem uma energia mais que bem vinda ao filme. Para completar, a produção ainda conta com Inez (Sofía Vergara), a preocupada, bela e sábia, ex-mulher de Carl. As cenas entre os dois são algumas das melhores do filme.

Contudo a verdadeira estrela desse filme são as comidas, a câmera só falta babar em cima dos pratos aqui apresentados. Aliás, se tu não curte ver comida sendo feita, esse não é o filme para você. O fetiche desse longa com a comida só é rivalizado com sua mania de montagens paralelas com o Twitter e outras formas de redes sociais, algo meio chato, mas que não estraga a experiência. É um filme para se sentir bem, os famosos “feel-good movies”, não há nenhuma pretensão de ser algo grandioso e esse é um dos charmes desse pequeno grande filme. Essa é uma das produções que entram na categoria de “pornografia de comida”, assim como os grandes clássicos “A Festa de Babette “, “Como Água Para Chocolate”, “Ratatouille” e “Julie & Julia”. “Chef” começa um pouco devagar, contudo, por ter um elenco de primeira e bem afiado, uma boa trilha sonora, um roteiro, na maior parte, engraçado e uma direção competente, essa é uma obra que vale a pena ser conferida.

Nota: 4 out of 5 stars (4 / 5)

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Trailer dessa divertida comédia

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