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The Legend of Zelda: Tri Force Heroes – Pura diversão ou frustração garantida?

by on novembro 25, 2015
 

Então, The Legend of Zelda: Tri Force Heroes, o jogo que antes de ser lançado já desanimou muita gente de experimenta-lo por ser um Zelda focado, mas não apenas, no modo online, está quase um mês na praça e vem dividindo opiniões. Nesse game, você assume o papel de Link, ou melhor dizendo, um dos Links, e vai para o reino de Hytopia. Isso ae, nada de Hyrule sem graça e com zero noção fashion nessa aventura. Sim meu caro, esse é o tom da jornada, prepare-se. Em Tri Force Heroes você deve salvar a princesa Styla do terrível colante amaldiçoado… pois é, nunca na história da Triforce a ameaça foi tão baixa e nada eminente. Mesmo assim, heróis nunca descansam! Cabe aos Links, tudo numa direção de arte bacanuda ao estilo Wind Waker, embarcarem numa jornada por 8 territórios, divididos em 4 áreas e recuperarem as peças de roupa da bruxa estilista Lady. Só assim será possível quebrar a maldição. Ok, a história é besta até dizer chega, contudo não desista de chegar até ao final do texto.

Para mim esse jogo, que utiliza a mesma engine do ótimo A Link Between Worlds, foi bem frustrante no começo, ainda mais no modo single player. No entanto, depois de uma hora, online, aos trancos e barrancos, eu consegui me diverti como se não houvesse amanhã com essa nova pérola da Nintendo. Mas será que esse é o game para você? The Legend of Zelda: Tri Force Heroes é uma jornada focada na cooperação de três jogadores. Cada fase, o jogo dispensa o mapa aberto tradicional de Zelda por fases no estilo dungeon, possui itens exclusivos para o local. Cabe a cada herói cumprir sua tarefa para seguir em frente. Seja atirando bombas em sincronia, utilizando a combinação de luva de fogo com arco e flecha para acender uma tocha distante, paralisando um inimigo com o martelo, enquanto os aliados o atacam com espadas ou utilizando o jarro de vento para empurrar um aliado para uma plataforma mais à frente e em seguida se puxar para ele utilizando o hookshot. Esse Zelda tem alguns dos puzzles mais interessantes da história da franquia. Isso sem contar as mil situações onde o totem é obrigatório. Empilhar um herói em cima do outro vai te levar, literalmente, para novas alturas e novas situações. E lembre-se que a barra de energia dos três Links é compartilhada! Isso mesmo meu jovem, se prepare para assumir as consequências de suas ações, pois seus erros podem custar a vida do time inteiro.

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Um detalhe bacana desse game com enfoque na moda, sim, por incrível que pareça, são as roupas. Há a possibilidade de trocar as roupas de seu Link. Ok, e você com isso? Bem, meu jovem gafanhoto, cada roupa fornece uma habilidade extra para o herói de orelha pontudas. Seja a roupa bomba, que te permite utilizar bombas gigantes (escondam isso da Al-Qaeda), a roupa ninja, que quando você corre faz seu dash dar dano triplo nos adversários ou então a roupa Rainha dos Corações, onde utilizando um vestido ridículo com um coração gigante, você aumenta a barra de energia do seu time. Para criar essas poderosas roupas, é preciso juntar materiais (coff, Monster Hunter, coff) e isso é feito completando as fases. No final de cada uma, há três baús com materiais dentro. Um deles vai ser raro. Essa é a hora de testar sua sorte contra os outros Links, ou usar a roupa do Capitão Linebeck, sim aquele de game Phantom Hourglass do DS, e roubar enxergando o que cada baú contém.

O legal de Tri Force Heroes são as histórias que ele gera. Apesar de não haver modo de se comunicar por voz com seus companheiros, coisa típica da Nintendo, a Big N deixou 8 emoticons disponíveis na tela inferior para você se comunicar com seus companheiros. Ou seja, arranjar um modo de se comunicar de forma eficiente com seu time, vira um quebra cabeça a parte. E nessa aventura cooperativa onde até a comunicação é um desafio extra, surgem casos únicos como o de levantar um Link e ficar jogando o pobre de um Link para o outro. Eita frase estranha. Ou fazer um totem dos heróis de capuz, mirar num nível mais elevado onde está um tesouro e acertar num precipício sem fundo. E essa era sua última vida. Mas também há momentos de triunfo, como o de coordenar perfeitamente um ataque. Vejam esse caso, seu Link utiliza um jarro de vento para ativar um tornado numa plataforma, com um aliado jogando uma bomba no tornado recém-formado para atordoar um inimigo voador e você joga o terceiro Link para o tão citado tornado e ele finaliza o inimigo alado. Momentos assim justificam a compra desse game.

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Esse jogo não é moleza não. Ok, no primeiro mundo é mel na chupeta. Só que depois meu chapa, a coisa aperta. E se prepare para ver telas de Game Over direto a partir do quinto mundo. O multiplayer é fantástico, os emoticons dão conta da comunicação e se você for colocado num time com um Link malandrilson, é só adicionar a praga em sua lista negra (clicar no ícone do Zé Ruela e aperta A+B) para evitar futuras dores de cabeça. O problema mesmo é arranjar um time nos mundos mais tardios… Tem hora que demora para arranjar uma equipe completa e certas vezes o lag é de lascar. Se você quiser experimentar esse jogo como deve ser jogado, compre ele para ontem, para garantir uma comunidade online ativa. Ou tenha mais dois amigos com 3DS para jogar o multiplayer local. Que provavelmente é o modo ideal, mas só no Japão que 3DS brota do chão. Aqui no Brasil o buraco é mais embaixo.

Um fator muito bom desse game, que pouca gente da ênfase, é o replay é elevadíssimo. São 96 missões no total, é a estrutura de missão garantem uma jogatina rápida, algo essencial para um jogo no portátil. Sem contar que cada time que você joga é uma experiência única. E os desafios extras? Terminar uma fase só com bombas, desviando da maldita mão voadora Wallmaster ou num curto espaço de tempo? Isso dá nova cara a velhas fases e o desafio não é brinquedo não. Se você for masoquista então, pode tentar fazer isso tudo no modo single player. Tipo, é possível, mas vale a pena? Sério, o modo solo torna esse game no Zelda mais difícil da história. Controlar os 3 Links é uma missão dantesca, um desafio para titãs. Muitas vezes é confuso e a mudança de personagem na tela de toque não é tão intuitiva, ainda mais em momentos que exigem velocidade ou precisão. Dá para encarar missões com puzzles lentos, mas boa sorte quando o assunto for velocidade.

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Esse novo Zelda portátil é um multiplayer fantástico, com um online meio instável, muito conteúdo e com mais dlc grátis chegando em dezembro. Só para constar, apenas para derrotar de vez a Lady levei 21 horas de jogatina. E ainda tem muitas missões extras além das principais. Se você quiser esse game apenas para jogar sozinho, só recomendo essa loucura se você for um Zelda fanático e quiser algo desafiador e um tanto frustrante. Ah, você pode jogar o game por completo com outros dois amigos no modo local sem eles terem uma cópia de Tri Force Heroes. Isso graças ao download play. Com esse modo, só uma pessoa precisa ter o game, e todo mundo, obviamente, tem que ter um Nintendo 3DS/2DS/New 3DS. Contudo, nesse modo as pessoas que não possuem o game só poderão criar duas roupas extras para suas missões. No entanto, se algum dia elas decidirem comprar o game, todos os rupees e materiais coletados estarão disponíveis para serem utilizados em sua total extensão.

Tri Force Heroes é um dos jogos mais divertidos ou um dos mais frustrantes do ano. Tudo depende se você está disposto a se aventurar com amigos ou desconhecidos. E ter paciência para esperar no lobby online. Se a resposta for sim, boa diversão. Porque como todo fã de Zelda sabe, é perigoso ir sozinho.