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Crítica: Angry Video Game Nerd – The Movie

by on setembro 29, 2014
 

Depois de quase oito anos Angry Video Game Nerd – The movie foi finalmente lançado no início desse mês no vídeo on demand. Esse longa, 100% financiado através de um crowfunding, sempre foi o sonho do cineasta independente apaixonado por filmes antigos de terror e ficção científica, James Rolfe.

 Para que não conhece, Angry Video Game Nerd é uma série online criada por James Rolfe, na qual ele, personificando o Nerd, faz reviews de antigos e péssimos jogos de vídeo games. De forma bem humorada e com toneladas de xingamentos, James consegue captar com perfeição as sensações dos jogadores e ao mesmo tempo convence-los, sendo no final das contas impossível não concordar e adorar o nerd. Todo o material produzido por James até hoje é disponibilizado no seu site Cinemassacre.

 O primeiro vídeo do foi lançado em 2004 e com o passar dos anos a série foi ganhando cada vez mais fãs pelo mundo. Como não poderia deixar, a série foi só o início para o nerd, que começou a atingir outras mídias, entre elas até um jogo para PC (confira a crítica aqui). Mas será que o filme do AVGN também obteve sucesso?

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 A trama se desenvolve com base no “pior jogo de todos os tempos”, também conhecido como E.T. do Atari 2600. No longa, uma produtora está criando uma continuação para esse terrível jogo, batizado de Ee Tee 2 (exatamente nessa grafia para não infringir os direitos autorais da obra original) eles esperam fazer um jogo até pior, já que o ruim é o novo “bom” do mercado – se espelhando no sucesso dos jogos ruins avaliados pelo nerd.

O nerd que se recusa veementemente a fazer uma crítica sobre o jogo, apesar da insistência do seu público, tudo devido a um trauma gerado pelo título durante sua infância. Mas ao mesmo tempo ele vê no lançamento dessa sequência uma chance de enterrar de uma vez por todas essa “adoração” em torno do E.T. Assim ele resolve iniciar usa jornada junto de Mandi (representante do Cockburn produtora jogo Ee Tee 2) e seu amigo Cooper, ambos personagens pensados para o filme. No entanto, ao chegar a Alamogordo, Novo México para realizar as filmagens, o grupo é inesperadamente abordado pelo exército americano, desencadeando uma série de eventos que envolvem conspirações militares sobre a queda de uma nave alienígena na famosa área 51.

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Antes de tudo é importante destacar que Angry Video Game – The Movie é uma obra independente e claramente voltada para um nicho específico, seus fãs. Para quem não conhece, mercado de filmes independentes normalmente é pautado por obras de baixo orçamento e às vezes com roteiros pouco convencionais – no melhor estilo trash de ser. Se você já está acostumado com os vídeos review do Nerd sabe exatamente o que esperar da parte técnica (inclusive o próprio nerd brinca com isso em um momento), com direito a fantasias ridículas, “defeitos” especiais e maquetes substituindo tomadas que custariam uma pequena fortuna. Na verdade o filme é uma grande homenagem aos fãs e a toda sua história do AVGN, tendo referências a seus episódios mais famosos e participações especiais de seus amigos e outras celebridades da internet como: Mike Matei, Lloyde Kauffman, Doug Walker entre outros. Ou seja, caso não esteja familiarizado com os vídeos e toda a história do Nerd, é melhor nem passar perto desse filme.

O filme sabiamente usa como base todo o mistíssimo criado em torno do jogo do E.T., passando pelo seu histórico, em como o jogo que quase decretou o fim do mercado, as inumanas condições de desenvolvimento impostas e até a bizarra história dos cartuchos enterrados em um deserto (lembrando que escavações recentes confirmaram todo esse fato – confira aqui).

O plot geral e algumas cenas são ótimas, entretanto o filme sofre de graves problemas de execução, os piores ficam por conta da falta de ritmo e um roteiro falho. Em certos momentos o longa faz algumas ligações forçadas para manter o desenvolvimento da história, prejudicando nitidamente a fluidez da trama. Também é visível a falta de conteúdo para alguns personagens, principalmente quando acontecem as transições de cenas entre eles, que se arrastam por tempo demais e não acrescentando nada de relevante. A impressão final é que não conseguiram aproveitar todo o potencial que um filme proporciona, tendo mais tempo de tela e uma trama mais elaborada. Acho que James é melhor em situações mais focadas e de curta duração, como em seus vídeos. Mas foi bacana ver uma audaciosa empreitada como essa ver a luz do dia, pois o nerd mereceu.

comentários
 
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  • Dalmo Junior
    outubro 1, 2014 at 4:15 pm

    um dia vou assistir,sou fá do angry principalmente do seu video sobre o batman de nes e snes,doug walker(nostalgia critic) também é muito bom apesar dos palavrões que eles falam.

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